A Educação liberta, é a arma mais poderosa do mundo

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por Martha Gabriel, 15 de dezembro de 2014 09:19

A tecnologia cresce exponencialmente, mas a natureza humana não dá saltos, muito menos no processo educacional. Na avaliação de Martha Gabriel, escritora, engenheira, pós-graduada em Marketing e Design, mestre e PhD em Artes, pesquisadora e consultora, a escola precisa abraçar não apenas as tecnologias digitais, mas, principalmente, a transformação no modo de educar, causada por essas tecnologias. “A educação informal, fora da escola, é cada vez mais intensa e importante na vida das pessoas. Portanto, a escola deve se integrar com a educação informal e os seus fluxos digitais, sem barreiras geográficas ou físicas, sob o risco de não conseguir mais atender a nova geração”, ela explica. A necessidade de mudança no modelo educacional é um desafio mundial provocado pelas transformações aceleradas que a tecnologia tem causado na sociedade. O que empodera o ser humano hoje não é mais a quantidade de informação que ele armazena, mas a sua capacidade de conectar esse mar de informações mutantes para solucionar problemas e encontrar oportunidades que se apresentam a cada momento. Isso requer criatividade, uma habilidade pouco desenvolvida pelo sistema tradicional de ensino”, Martha enfatiza. Apaixonada por Educação, um tema que faz o seu coração vibrar desde pequena, ela fala com muito conhecimento e naturalidade e explica: “Apesar de não ter uma formação acadêmica formal em educação, estudei Paulo Freire, Morin, Aristóteles, Pierre Levy, Ken Robinson, Rubem Alves e tantos outros pensadores maravilhosos que discutem o assunto em suas múltiplas facetas. Da minha parte, tento trazer uma pequena contribuição com as reflexões sobre como a disseminação tecnológica impacta o processo educacional, modificando-o. Acredito que a educação liberta e é a arma mais poderosa para transformar vidas, sociedades, culturas, nações – o mundo. Ensinar hoje em dia é… facilitar e, principalmente, permitir que o outro aprenda do modo que seja melhor para ele”, diz a autora de cinco livros, entre eles o best-seller Marketing na Era Digital² e Educ@r – A (r)evolução digital na educação? Palestrante de sucesso no Brasil e no Exterior, ela está entre os 50 profissionais mais inovadores do mundo digital brasileiro pela ProXXIma e entre os Top 50 Marketing Bloggers mais influentes do mundo pelo KRED.



Do que trata seu livro Educ@r – A (r)evolução digital na educação?
O livro mostra o impacto das tecnologias digitais na sociedade e como isso transforma as pessoas, o processo de aprendizagem, a relação aluno-professor e o modelo de instituição de ensino. Para tanto, o livro se divide em duas partes: 1) transformações no ser humano e na sociedade e 2) impactos na educação. A primeira parte discute as transformações profundas que estamos sofrendo de uma forma geral e como isso aumenta a complexidade do ambiente, modificando as nossas possibilidades em termos de ferramentas tecnológicas, colaboração, mixagem, produção e como isso impacta o nosso cérebro, nossa atenção e os relacionamentos. A segunda parte foca nos impactos que essas transformações causam na educação como, por exemplo: relação aluno-professor, papel do professor, plágio, bullying, ética, ferramentas e plataformas educacionais, modelo de escola. O objetivo é apresentar aos educadores (pais, professores, gestores) o cenário emergente e as possibilidades e desafios que ele apresenta para a educação, de forma a fomentar a reflexão e a criação de novos modelos que desenvolvam as habilidades essenciais necessárias para preparar os alunos para as exigências do século XXI.

Qual é o seu envolvimento com o tema educação?
Além do fato de ser professora há mais de 15 anos e apaixonada pela educação, considero-me uma aluna eterna e uso todas as formas ao meu alcance para me atualizar constantemente e aprender coisas novas. Entre a graduação (Engenharia) e as quatro pós-graduações (Marketing, Design, mestrado e doutorado em Artes), tenho mais de 15 anos de estudos – sem contar o ensino básico (fundamental, médio), congressos, palestras, cursos de extensão, piano, tênis, línguas e a educação informal cotidiana. O tema educação faz o meu coração vibrar desde que me lembro por gente. Apesar de não ter uma formação acadêmica formal em educação, estudei Paulo Freire, Morin, Aristóteles, Pierre Levy, Ken Robinson, Rubem Alves e tantos outros pensadores maravilhosos que discutem o assunto em suas múltiplas facetas. Da minha parte, tento trazer uma pequena contribuição com as reflexões sobre como a disseminação tecnológica impacta o processo educacional, modificando-o. Acredito que a educação liberta e é a arma mais poderosa para transformar vidas, sociedades, culturas, nações – o mundo. Há alguns anos assisti uma palestra do Tony Blair, ex-primeiro-ministro britânico, em que ele defendia que “no mundo atual, nenhum país pode se dar ao luxo de permitir que a educação de elite seja possível apenas para a elite, sob a pena de não se conseguir mais competir no cenário internacional em alguns anos”. Ele defende essa posição na Inglaterra, eu desejo o mesmo para o Brasil.

Quais são os maiores desafios do setor educacional no Brasil?
Acredito que são dois os principais desafios da educação no Brasil. O primeiro é antigo e recorrente, que é a qualidade da educação no País. Comparando o Brasil com os demais países no mundo, principalmente os da Europa e USA, estamos sempre atrás nos rankings educacionais e de competitividade global de talentos (ver http://goo.gl/NnYV2K). A qualidade da educação depende de gestão focada nisso. Não adianta ter dinheiro e recursos – professores, livros, instalações, laboratórios, tablets, computadores, equipamentos de última geração, etc., se a sua gestão não for eficiente. Não adianta aumentar a quantidade de anos de estudo por cidadão, se a qualidade da educação nesses anos não é boa. Para melhorar esse resultado é essencial incorporar metodologias de gestão e de análise de performance para balizarem os ajustes necessários para otimização da qualidade. Peter Drucker dizia que só conseguimos gerenciar aquilo que conseguimos medir, portanto, além de metodologias, precisamos de métricas adequadas para controle do sistema. Por exemplo, como a capacitação de professores e o seu engajamento no processo de qualidade é um dos fatores fundamentais para sucesso da educação, essas devem ser algumas das principais métricas de gestão. 

Qual é o segundo desafio?
O segundo desafio não uma questão só brasileira, mas mundial, que é a necessidade da mudança do modelo educacional em função das transformações aceleradas que a tecnologia tem causado na sociedade. Essa disrupção coloca totalmente em xeque o modelo educacional tradicional, que era perfeitamente adequado para a economia industrial, mas que não atende às necessidades da economia digital. Até o final do século passado, no pré-digital, vivíamos a era da informação, que era valiosíssima, pois nela se consagrava o poder – informação era escassa, de difícil acesso, cara e demorava para mudar. Assim, os conteúdos que um aluno aprendia na escola tendiam a ser válidos e úteis durante a toda a sua vida profissional. Hoje, principalmente a partir da última década, a informação é abundante, hiper acessível, barata (muitas vezes gratuita) e muda o tempo todo. Nesse contexto a informação, em si, perde valor muito rapidamente, pois não conseguimos resolver problemas novos com fórmulas velhas. O que empodera o ser humano hoje não é mais a quantidade de informação que ele armazena, mas a sua capacidade de conectar esse mar de informações mutantes para solucionar problemas e encontrar oportunidades que se apresentam a cada momento. Isso requer criatividade, uma habilidade pouco desenvolvida pelo sistema tradicional de ensino. Além disso, a explosão informacional que experimentamos traz uma outra questão importante – a necessidade de desenvolver pensamento crítico para filtrar a informação e tomar decisões. 

Quais são as habilidades envolvidas nesta nova era?
Essas e outras mudanças nos conduzem para a Era da Inovação, que requer o desenvolvimento de habilidades distintas das desenvolvidas na escola tradicional. O grande desafio mundial hoje é conseguir mudar a estrutura analógica educacional – compartimentada, tanto em termos de programa educacional quanto física e geograficamente, existente há séculos –, para uma estrutura fluida, sem delimitações física, geográfica, demográfica, etc., que fomente a educação necessária para o mundo de hoje. Essas mudanças dependem de transformações em estruturas físicas, governo, cultura, capacitação, fatores que não são fácil e rapidamente mutáveis. A tecnologia cresce exponencialmente, mas a natureza humana não dá saltos. 

Como aproximar os alunos nativos digitais da aprendizagem mais tradicional das escolas?
A única forma, na minha opinião, é mudar o modelo de escola. A geração digital, ou geração Z, que já nasce com um dispositivo móvel na mão, interativo e focado nos seus interesses, encontra um descompasso enorme quando entra em contato com a escola tradicional que apresenta conteúdos sem interatividade e centralizados no profes
sor. A escola precisa abraçar não apenas as tecnologias digitais, mas, principalmente, a transformação no modo de educar, causada por essas tecnologias. A educação informal, fora da escola, é cada vez mais intensa e importante na vida das pessoas. Portanto, a escola precisa se integrar com a educação informal e os seus fluxos digitais, sem barreiras geográficas ou físicas, sob o risco de não conseguir mais atender a nova geração.


Há exemplos de boas iniciativas na área?
Exemplos disso são o Descomplica (http://descomplica.com.br/) ou a Khan Academy, que são portais de educação informal e que atraem os jovens de uma forma muito direcionada para os seus interesses e usando a sua linguagem. Esse tipo de recurso pode, e deve, ser incorporado como parte integral da educação, complementando a educação formal, que deve dar espaço maior à reflexão, conexão e interatividade do que a conteúdos estáticos. Acredito que esse seja o caminho para se transformar as escolas tradicionais em um habitat natural para os nativos digitais. 

Os professores muitas vezes sabem bem menos que seus alunos na área de tecnologia. O que você recomenda?
Recomendo que os professores aprendam com os seus alunos e que acrescentem nesse processo de aprendizagem a sua experiência e vivência. Historicamente, as novas gerações absorvem as mudanças de forma mais natural e rápida do que as gerações anteriores. Isso sempre aconteceu. No entanto, aquilo que o jovem aprende com a tecnologia nem sempre é o que contribuirá mais para a sua formação. Por exemplo, todo jovem hoje, desde a mais tenra idade, sabe usar um buscador como o Google. Eles aprendem intuitivamente. No entanto, poucos jovens sabem como fazer uma busca booleana ou refinar resultados nessas ferramentas. Isso, um professor certamente saberá. Além disso, a quantidade de apps e ferramentas digitais nas mais diversas plataformas cresce exponencialmente e a principal consequência disso é que nem alunos nem professores conseguem conhecer todas ou se atualizar suficientemente rápido. 

O que fazer para obter o melhor resultado?
Nesse cenário mais complexo de penetração tecnológica no ambiente de aprendizagem, o melhor resultado é alcançado quando todos os participantes compartilham o que têm de melhor em um ambiente de mútua colaboração. A postura do professor centralizador, que detém todo o conhecimento, não se sustenta mais em um mundo em que todos os seres, independente de idade e formação, têm acesso pleno à informação. O papel do professor passa a ser cada vez mais de tutor, facilitador, orientador, que acolhe o novo e as inquietações que os alunos trazem e, a partir daí, os ajuda com sua experiência a refletirem e extraírem criatividade, conhecimento e inovação – juntos. Quanto mais complexo se torna o ambiente, mais sofisticados e colaborativos precisam ser os seus agentes.

Quais são as novas ferramentas que dão certo na sala de aula?
Qualquer ferramenta que permita a experimentação de conceitos e interação, focada em solução de problemas e centrada nos interesses dos alunos dará certo. A questão não é colocar ferramentas digitais (ou de qualquer outra natureza) na sala de aula, mas desenvolver um plano de aula que use as melhores ferramentas em cada aula para alcançar objetivos específicos de aprendizagem. Não acredito que as únicas ou a melhores ferramentas sejam as digitais – acredito na integração de todas as ferramentas com as digitais, permitindo a conexão da sala de aula com o mundo. A sala de aula não precisa e não deve mais estar confinada ao espaço físico que ocupa, mas, ao contrário, deve aproveitar a integração e expansão para os demais ambientes.

Pode dar exemplo?
Uma dinâmica em sala de aula que use expressão corporal para desenvolvimento de habilidades de liderança, continua sendo extremamente importante e pode ser superinteressante para os alunos e o processo educacional. No entanto, se, posteriormente, essa dinâmica não puder ser compartilhada e analisada por meio de ferramentas digitais, ela perderá uma dimensão adicional para o desenvolvimento dos participantes, que poderia continuar após a atividade. O mesmo acontece com aulas de escultura, esportes, ou que utilizem ferramentas dedicadas (como de CAD/CAM) em laboratórios nas escolas: elas podem, e devem, ser integrar ao mundo digital, expandindo as possibilidades da escola. Na minha opinião, as salas de aula que estiverem equipadas com esse tipo de “mentalidade” de conexão on+off terão sucesso, independente das ferramentas que se elejam. 

A leitura impressa ainda pode despertar o interesse de quem já nasce com um celular na mão?
Acredito que a questão da leitura impressa está muito menos relacionada com o “impressa” do que com a “leitura”. A leitura mudou, muito menos devido ao seu suporte do que à sua dinâmica. Da mesma forma que o livro foi uma revolução cognitiva que mudou completamente o modo como lemos – passamos a ler de forma silenciosa e individual – e a disseminação de informação, as tecnologias digitais trazem novamente uma disrupção total na cognição e disseminação da informação. Não são apenas as novas gerações que estão sofrendo essa transformação, mas qualquer pessoa exposta ao atual ambiente digital passa a consumir informação e a ler de forma distinta do que nas décadas passadas. 

A leitura mudou então?
Estamos inseridos em um ambiente informacional múltiplo, fragmentado com muito mais plataformas que geram conteúdos (de diversos formatos) em um ritmo alucinante. Isso faz com que não tenhamos mais tempo nem atenção para conseguir ler do modo com que fazíamos antes. Estamos nos acostumando a ler em “pílulas” multimídia distribuídas nos vários ambientes – tornando a leitura em um processo hipermidiático transmídia (e não mais linear monomídia, como é a leitura impressa). Junte-se a isso o fato de que a leitura no ambiente digital nos permite incorporar as funções do dispositivo no processo de leitura – posso fazer buscas, marcações coletivas e links em um dispositivo como o Kindle ou iPad, mas não no papel. Quer gostemos ou não, esse é o ambiente a que estamos todos continuamente expostos – principalmente o jovem, que já nasce inserido nesse contexto. 

Como conseguir unir essas duas atividades?
Quando a nova geração, que usa esse ambiente digital desde que nasce, se depara com a leitura impressa, que consiste básica e prioritariamente de grandes blocos contínuos de informação, sem interatividade e acesso hipermidi
ático aos demais conteúdos do mundo, cria-se uma tensão estrutural de leitura. O resultado disso é que a leitura impressa torna-se menos atrativa do que a digital. No entanto, acredito que, em qualquer processo, as novas tecnologias não eliminam as anteriores, mas sempre as reconfiguram e resignificam, transformando-as de modo a se encaixarem adequadamente no novo contexto que emerge. Isso aconteceu com todas as formas visuais de comunicação – pintura, fotografia, cinema, televisão, internet, etc. Assim, temos nos apropriado da leitura impressa tradicional de uma forma bastante interessante para conectá-la ao ambiente digital – mesmo que não existam links explícitos para clicar (ou QRcodes para linkar com endereços online), criamos links implícitos para fazer essa conexão, tornando-a mais atrativa e integrada com as demais plataformas. Por exemplo, quando leio um termo ou vejo um local impresso que não conheço, normalmente digito esse termo ou local no meu smartphone para fazer uma busca online e saber mais sobre o assunto ou ter acesso ao mapa. Isso faz com que a leitura impressa passe a ser a impressa 2.0.


E os pais, como ficam nessa verdadeira revolução digital?
Os pais precisam fazer parte da revolução digital de forma ativa e não apenas como agentes passivos, pois eles são agentes importantíssimos no processo. As crianças estão tendo acesso cada vez mais cedo às tecnologias digitais. Hoje, bebês, com menos de um ano de idade, já interagem com tablets e smartphones. Essas ferramentas literalmente inserem essas crianças no mundo por meio das conexões digitais, e se elas não tiverem uma educação digital desde o nascimento, correm diversos riscos. Inúmeros são os casos reportados de crianças e jovens que se expõem de formas perigosas nas mídias sociais sofrendo consequências em sua formação, e talvez por toda a vida, decorrentes disso. No entanto, para que os pais possam auxiliar na educação digital dos seus filhos, eles precisam, primeiro, se educar. Muitas vezes, os próprios pais expõem seus filhos ou não conseguem auxiliá-los em seus caminhos tecnológicos por não conhecerem as tecnologias e plataformas. Assim, a revolução digital impacta não apenas os alunos, mas todo tipo de estudante e educador – seja ele pai, mãe ou professor.

O que as universidades deveriam fazer para melhorar a formação dos seus professores nessa área de tecnologia?
As universidades e, de forma mais geral, qualquer instituição de ensino, podem fazer várias coisas, como capacitar os professores continuamente, disponibilizar infraestrutura digital (wi-fi, plataformas de EAD, estações dedicadas, etc.) e modificar os planos de ensino de forma a permitir o desenvolvimento das aulas de forma fluida entre on e off. No entanto, acredito que a ação mais importante é fomentar a mudança de cultura no ambiente educacional de forma que os professores não se coloquem mais no centro da educação e que eles percebam que precisam ser os próprios agentes da sua transformação – se um aluno pode comprar um smartphone, um professor também pode. Se um aluno pode experimentar novos aplicativos e plataformas digitais, o professor também pode. A responsabilidade pela formação continuada e atualização deve ser de responsabilidade de todos, principalmente dos próprios professores.

O que você acha do uso dos games na educação?
Uma das principais formas hoje de atrair o jovem para o ambiente educacional é por meio do edutainment – transformar conteúdos e processos educacionais em atividades divertidas. Exemplos disso são o Discovery Channel e Epicot Center da Disney, que fazem do aprender uma diversão. Nesse contexto, os games são excelentes protagonistas. Além do fator de entretenimento, estudos comprovam que os jogos desenvolvem habilidades cerebrais bastante benéficas para diversos tipos de aprendizagem – desde pensamento espacial e lógica, a estratégia e até mesmo habilidades motoras.

Como diferenciar o jogo benéfico no processo educacional?
Nem todo jogo é igual, e os benefícios são distintos. Por exemplo, MineCraft é excelente para desenvolvimento de estratégia e pensamento espacial enquanto os jogos gestuais, como os que usam Wii e Playstation com dispositivos acoplados (bateria, tapetes, guitarras, etc.), são excelentes para desenvolver habilidades motoras. Assim, para o uso eficiente dos games na educação, eles precisam fazer parte do planejamento em função dos objetivos de cada habilidade/capacidade a desenvolver. Outro fator a ser considerado é a quantidade de tempo que se gasta em cada jogo e qual relação é ótima entre tempo/benefício. Muito jogo é “assassino-de-tempo”, enquanto outros podem ser “ganha-tempo”, como é o caso do Qranio, um app mobile em formato de quiz, que testa conhecimentos e informa de modo divertido.

Quadrinhos devem fazer parte do universo escolar?
Quadrinhos e qualquer outra forma de comunicação visual e de entretenimento são extremamente bem-vindos na educação. Estudos comprovam que o nosso cérebro processa a informação visual 60 mil vezes mais rapidamente do que textos. Some-se a isso que histórias atraem muito mais a atenção e geram uma retenção maior do que a apresentação de uma sequência de fatos. Dessa forma, os quadrinhos alavancam de forma excelente a combinação do poder do visual associado ao do storytelling.

Ensinar hoje em dia é…
… facilitar e, principalmente, permitir que o outro aprenda do modo que seja melhor para ele.

(*) Texto publicado originariamente na CONTEC Brasil

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