Criatividade Evolutiva

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Martha Gabriel
por Martha Gabriel, 11 de maio de 2013 04:15

— post convidado escrito por José Predebon (*)

Frequentemente, em aulas e palestras, fazem a mim uma pergunta aparentemente ingênua, porém importante: professor, por que ser criativo?

Professor José Predebon

Professor José Predebon

Resumindo todas as respostas que dei até hoje, cheguei a uma síntese que pode ser traduzida nesta afirmação: praticamos criatividade para crescer.

Ao explorar o tema, acabei chegando a um conceito interessante, o de “Criatividade Evolutiva”. Trata-se de uma maneira de pensar e se comportar no dia a dia, visando o exercício de potencialidades individuais e uma boa integração da pessoa ao entorno. Vou defender o conceito nesta página mensal, mas ficarei aguardando a apreciação de leitores.

Para começar consideremos, provisória e simplificadamente, a criatividade como forma de raciocínio relevante que vai além do previsível. Esse tipo de pensamento é uma característica de nossa espécie. Poucos animais mostram algum grau de raciocínio além do rotineiro, e nenhum alcança o nível do ser humano.

A partir dessa base, veremos a nossa criatividade como exercício de individualidade, pois o pensamento está dentro de uma só mente. Quando a pessoa de alguma forma não se deixa levar por indutores sociais já exerce sua individualidade; mas quando faz isso indo além do previsível, exerce sua criatividade.

Um dos indutores sociais é a cobrança de padrões, que tende a reprimir o pensamento original. Entre os demais se destaca a expectativa do grupo, criadora do “o que se deve fazer”. Sua importância varia em função da personalidade da pessoa. Não é simples ser independente, e mais difícil ainda exercer a criatividade.

Contudo, boas razões nos levam ao caminho difícil. Ele nos traz evolução, com dois grupos de vantagens vindas do exercício do potencial de criatividade: as materiais e as psicológicas.

As materiais vêm na solução de problemas e descoberta de oportunidades, no campo profissional e no da qualidade de vida. As psicológicas vêm no aumento da auto estima pela aprovação social e no sentimento de auto suficiência e poder.

Vejamos como se manifestam os ganhos materiais na solução de problemas. Ao enfrentar situações adversas que nos surgem, podemos não dispor dos recursos suficientes para compor as soluções. Nesse caso recorreremos a “expedientes” – idéias que não eram previstas porque não haviam sido usadas antes.Esse procedimento é um exemplo da criatividade em ação, que ocorre tanto no campo profissional como no dia-a-dia de nossa vida.

Agora vamos aos ganhos com a descoberta de oportunidades. Em todos os processos que envolvem esforço e/ou despesas, principalmente nos campos do marketing, da administração/gestão, da indústria, comércio e serviços, poderemos ter idéias novas que nos dão soluções de otimização, facilitação, redução de custos e aperfeiçoamentos em geral.

Esse encontro de oportunidades de melhoria e/ou lucros é outro exemplo da criatividade em ação, e que também ocorre tanto no trabalho como no dia-a-dia.

Ligando os pontos desta defesa do comportamento com criatividade, percebe-se que o exercício desse nosso potencial nos faz evoluir, em termos de qualidade de vida e de felicidade. Daí a minha sugestão para o nome do conceito, Criatividade Evolutiva.

Sugiro que a Criatividade Evolutiva é na essência uma atitude, e está à disposição de todos. Caros leitores, pergunte eu agora: o que vocês acham disso?

 

(*) José Predebon é professor da ESPM, consultor, palestrante e autor do best seller “Criatividade”. Mais textos excelentes de sua autoria são encontrados no seu site em http://www.predebon.com.br/.

 

5 Comentários

  1. Juliana Nascimento disse:

    Gostei! Só reforça que a criatividade é resultado de um exercício diário.

  2. Ervin Bishop disse:

    A criatividade humana se revela a partir de associações e combinações inovadoras de planos, modelos, sentimentos, experiências e fatos. O que realmente funciona é propiciar oportunidades e incentivar os indivíduos a buscar novas experiências, testar hipóteses e, principalmente, a estabelecer novas formas de diálogos, sobretudo, com pessoas de outras formações, tipos de experiências e cultura. Alguns indivíduos altamente criativos já apresentam naturalmente esse padrão de comportamento curioso, investigativo, voltado à experimentação, à inovação e à busca persistente de pequenas e grandes nuances, seja em suas áreas de interesse ou em terrenos nem tão familiares, envolvendo outras culturas, tecnologias, idiomas, etc. São pessoas que intuitivamente fazem o melhor exercício possível para o cérebro ao investir, de maneira consistente, no aprendizado e no estímulo a diferentes capacidades cognitivas e sensoriais.

  3. A criatividade humana se revela a partir de associações e combinações inovadoras de planos, modelos, sentimentos, experiências e fatos. O que realmente funciona é propiciar oportunidades e incentivar os indivíduos a buscar novas experiências, testar hipóteses e, principalmente, a estabelecer novas formas de diálogos, sobretudo, com pessoas de outras formações, tipos de experiências e cultura. Alguns indivíduos altamente criativos já apresentam naturalmente esse padrão de comportamento curioso, investigativo, voltado à experimentação, à inovação e à busca persistente de pequenas e grandes nuances, seja em suas áreas de interesse ou em terrenos nem tão familiares, envolvendo outras culturas, tecnologias, idiomas, etc. São pessoas que intuitivamente fazem o melhor exercício possível para o cérebro ao investir, de maneira consistente, no aprendizado e no estímulo a diferentes capacidades cognitivas e sensoriais.

  4. Damon Hart disse:

    Tomar decisões quando existem dados é uma tarefa factível desde que haja disponibilidade de tempo. Mas, note que mesmo quando se dispõe de tempo, é ainda necessário e muito, haver vontade, desejo, bem como determinação para decidir. Caso contrário, uma tomada de decisão adequada não é possível. Nesse sentido, três elementos (dados, determinação e desejo) são essenciais ao intelecto humano no processo de tomada de decisão, bem como na solução de problemas. Todavia, há situações onde as pessoas se deparam com elevado grau de incerteza, onde não há precedentes, onde se lida com variáveis não controladas, onde há uma disponibilidade limitada de dados, onde há restrições de tempo e onde há uma ‘paralisia’ face à quase impossibilidade de ações. Neste segundo cenário, a criatividade aliada à intuição humana tem sido uma alternativa, freqüentemente, empregada na tomada de decisão e solução de problemas. Vale destacar os variados contextos onde uma decisão criativa ou intuitiva pode ocorrer. Nesse sentido, há situações do cotidiano das pessoas e profissionais de diversas áreas, destacando os fatores determinantes de decisões e soluções de diversas naturezas. Considero que existe três pilares ou D’s (dados, determinação e desejo) da tomada de decisão e solução de problemas que atuam em conjunto com a criatividade nesse processo. A Figura 1 ilustra a dinâmica do processo criativo humano, o qual é composto de três etapas: análise, mapeamento e síntese.

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