Vivemos numa era em que a multiplicidade e o excesso de plataformas e conteúdos nos levam a uma escassez de tempo e atenção para conseguir extrair significado de tudo. Hoje, o paradoxo é justamente esse: estamos inundados de informação, morrendo de sede de sentido. Volume, variedade e velocidade gigantes caracterizam o nosso contexto atual, e o grande desafio do marketing é desenvolver estratégias de conteúdo que façam sentido para os nossos públicos, com propósito e significado que se destaquem no oceano de informações para conseguir gerar engajamento. Esse processo, conhecido como marketing de conteúdo, não é tarefa fácil, pois, para dar resultados, requer um profundo conhecimento tanto da própria marca (posicionamento, propósito, objetivos, etc.) quanto dos seus públicos e das plataformas que eles utilizam.
Dentro do universo de estratégias associadas a conteúdo, temos o inbound marketing, branded content, storytelling e marketing de relacionamento como as grandes estrelas para fazer com que a orquestração das peças de informação nas diversas plataformas conquistem a audiência. No entanto, entre os formatos mais eficientes para se traçar essas estratégias, o conteúdo visual é campeão. Mais de 80% da percepção humana é devido à visão, restando menos de 20% para os demais sentidos – audição, tato, paladar e olfato. Estudos mostram que a informação visual é processada 60 mil vezes mais rapidamente no cérebro do que o texto. Some-se a isso, que retemos 80% do que vemos, 20% do que lemos e apenas 10% do que ouvimos. Seres humanos são criaturas visuais, assim, não é de se estranhar, portanto, a quantidade de estudos que comprovam a eficiência de engajamento dos conteúdos visuais.
Justamente por isso, temos visto nos últimos anos as plataformas digitais – como Facebook, LinkedIn, WhatsApp, Twitter, Snapchat, Instagram, Pinterest, etc. – evoluírem cada vez mais no sentido de incorporar e facilitar o uso de imagens: carrossel, cards, destaques, etc. Por outro lado, para que consigamos desenvolver uma estratégia de conteúdo de sucesso, precisamos orquestrar os diversos conteúdos nas plataformas adequadas e conciliar de forma profissional posts planejados com posts que acontecem em tempo real.
A construção e manutenção de uma estratégia de conteúdo precisam de planejamento e programação para não se tornarem reféns do tempo real. Do lado das marcas, a programação de posts garante consistência e orquestração adequada do conteúdo para alcançar os seus públicos de forma estratégica e não casual. Do lado do público, a programação de posts favorece a relevância, consistência e timing, que são valores essenciais para se conseguir o seu engajamento.
Existem inúmeras ferramentas se agendar e pré-programar posts em plataformas digitais, e quanto mais especificidades de cada plataforma estiverem disponíveis para se configurar no agendamento do post, melhor o resultado do processo. No entanto, como a maioria das ferramentas de programação de posts são concebidas de forma geral para todas as plataformas, elas não permitem a configuração de diversas funcionalidades específicas de imagens que podem fazer toda a diferença no post, como tamanho, recortes, filtros, etc.
No caso do Instagram, a situação é ainda mais delicada, pois uma das suas principais características é a edição e aplicação de seus filtros na imagem justamente na hora da publicação e, infelizmente, é difícil encontrar uma ferramenta de agendamento de posts que permita configurar as suas especificidades.
Recentemente, descobri o Onlypult.com, que tem me permitido programar as publicações no Instagram de forma bastante simples e eficiente, pois permite incorporar inúmeras funcionalidades essenciais no agendamento dos posts:
A ferramenta permite ainda a visualização e edição dos posts agendados, tanto em modo thumbnail quanto calendário, além de fornecer estatísticas específicas do Instagram que permitem análises e adequações da estratégia na plataforma, como likes, comentários, médias de likes e de comentários.
Pensando sob a ótica das marcas, o Instagram se consolidou inicialmente como uma plataforma de branding e posicionamento, complementar às demais mídias. No entanto, conforme vem adicionando novas funcionalidades, o Instagram está se tornando uma plataforma com potencialidade cada vez maior para o e-commerce e social selling, deixando de ser apenas uma mídia social complementar e passando a protagonista. Nesse sentido, tanto as estratégias de branding quanto e-commerce se beneficiam muito de programação e automação de posts, pois isso pode aumentar consideravelmente a produtividade e confiabilidade dos processos de marketing de conteúdo que as suportam.
— Martha Gabriel, nov.2016
(*) Disclaimer – o presente artigo foi escrito a convite do Onlypult, no entanto, ele expressa a real opinião da autora, que só aceita convites e comissionamentos de posts de produtos/assuntos que ela analise e possa avaliar livremente.
3 Comentários
Perfeito!!!!
Texto mostra como ser interativo sem fazer atropelos nas redes sociais. Hoje o mundo vive isso, então é importante que essa nova era DIGITAL, tenha consciência de como manusear essa ferramenta dentro do marketing e assim trazer benefícios para o mercado.
Ótima dica, Martha!
Atualmente utilizo o PostCron para automatizar os envios. Muito prático também.
Abraços
Muito interessante, o que tenho percebido no Instagram é o fato de que além do visual, é necessário atingir um público de qualidade, que vá reagir e interagir na forma correta a seus posts. Existem várias ferramentas para aumentar o engajamento do público, porém ainda há uma dificuldade muito grande em manter um público mesmo que específico fiel a estes posts, e as curtidas no perfil. Isso porque como em qualquer outra rede social, a quantidade de informações é muito grande, concordo quando diz que sim o visual é muito importante. Mas é uma porta de entrada, os passos seguintes vão depender de fato de uma boa estratégia e de um conteúdo interessante.