Se você decidiu ler esse texto é porque, provavelmente, está entre as pessoas que estão percebendo a grande reestruturação que está acontecendo atualmente em todas as dimensões da vida humana em função da transformação e aceleração da tecnologia. Uma das nossas maiores inquietações hoje — se não a maior –, tem sido redescobrir o nosso papel em um mundo cada vez mais populado por outro tipo de seres: os digitais. Até recentemente, ser humano significava ser o mais inteligente entre todos os seres no planeta – e graças a essa superioridade, ao longo da história, nossos ancestrais evoluíram, dominaram e conquistaram a seu bel prazer. Essa mesma inteligência que nos trouxe até aqui também tem nos permitido criar outros seres inteligentes, artificiais, que tendem também a evoluir (com a nossa ajuda) para se tornarem completamente autônomos em algumas décadas.
Assim, com o avanço acelerado dos algoritmos de inteligência artificial nos últimos anos, a nossa situação humana de supremacia entre os seres no planeta tende a se modificar, e a pergunta que não quer calar é: o que acontecerá com a humanidade quando existirem entre nós seres mais inteligentes do que a gente? Essa é, indubitavelmente, uma questão legítima, pois será um acontecimento inédito na história da humanidade: nunca lidamos com isso antes, mas precisamos, rapidamente, descobrir como viver, e conviver com esses seres digitais inteligentes, nesse cenário que se torna, a cada dia, mais real.
Nesse contexto, ao mesmo tempo em que a tecnologia continua avançando implacavelmente em ritmo exponencial, adquirindo inteligência, a humanidade se debate tentando acompanhar essa velocidade frenética de mudança para que, no final do dia, continue mantendo a sua relevância no contexto tecnológico emergente. Toda a nossa evolução humana se baseou nesse princípio fundamental – nos adaptarmos o mais rapidamente possível ao novo ambiente que se apresenta. Seres que não conseguiram se adaptar na história do mundo, como os dinossauros, por exemplo, foram extintos. Portanto, a nossa questão essencial é: como se adaptar para ter sucesso nesse mundo, em que seres artificiais cada vez mais inteligentes conviverão conosco?
1 Comentário
Muito Bom esse novo aprendizado